Dodô: o artilheiro dos gols bonitos |
Olá, galerinha! Mais um quadro especial para você que acompanha esse humilde blog. O destaque de hoje se chama Ricardo Lucas, vulgo DODÔ. Sim, o intitulado "artilheiro dos gols bonitos" terá sua carreira destrinchada pelo blogueiro que aqui escreve. Aliás, blogueiro este que é botafoguense e fã assumido de Dodô, um de seus ídolos no mundo do futebol. No entanto, o cara também teve ótimas passagens por grandes clubes brasileiros e asiáticos, assinando suas obras primas em diversos estádios e para diferentes torcidas.
Dodô era um jogador clássico, de fino trato com a bola, elegante ao extremo. Dono de exuberante técnica, podia-se dizer que não gostava de fazer gol feio. Raros foram os momentos em que o habilidoso jogador precisou trombar com o zagueiro, utilizar a canela ou coisas do tipo. Dava gosto de vê-lo em campo, não importa pra quem você fosse torcer. Porém, o atacante sempre levou a alcunha de "sem sangue" nas equipes por onde passou. O pouco entusiasmo ao comemorar os gols, aliado a um jeito tímido e pouco "marqueteiro", fizeram o jogador ser perseguido por esse status durante toda sua carreira.
Nada que tenha diminuído o brilho desse paulistano nascido em 1974. Revelado pelo Nacional-SP, Ricardo Lucas rodou por diversos clubes. Mais de 15, no total. Seu primeiro grande destaque foi jogando no São Paulo. A dupla de ataque infernal formada por ele e Aristizabal levou troféus para o Morumbi e deu a chance do jogador vestir a camisa amarelinha. Foram 5 jogos pela Seleção Brasileira, com 2 gols marcados.
Acho melhor vermos alguns golaços marcados pelo artilheiro dos gols bonitos. Deliciem-se:
Dodô conseguiu a proeza de marcar 5 gols na mesma partida, fora de casa! O feito foi alcançado em 1997, no jogo Cruzeiro x São Paulo, válido pelo Campeonato Brasileiro. Teve gol de pênalti, falta, cabeça... pra todos os gostos. Histórico, sem mais.
O matador também jogou no Santos, de 1999 a 2001. Obviamente, deixou sua marca no time da Vila Belmiro. Um dos gols mais bonitos da carreira do craque foi marcado contra o Internacional, no Beira Rio, em 1999. Dodô aplicou um lindo chapéu no defensor e, sem deixar a bola cair, emendou de pé direito para o fundo das redes. GOLAAAAAÇO!
Jogando pelo Botafogo, Dodô marcou muitos gols e assinou verdadeiras obras primas. Em partida contra a Cabofriense, na final da Taça Rio de 2007, o atacante pedalou no ar e marcou de bicicleta para o time da estrela solitária, levando ao delírio os torcedores presentes no Maracanã.
A vítima preferida do artilheiro dos gols bonitos, jogando pelo Botafogo, era o Vasco. No clássico disputado em 2006, pelo Campeonato Brasileiro, Dodô marcou 3 vezes, com o primeiro gol sendo uma pintura. Chute de fora da área, na gaveta, sem chances para o goleiro cruzmaltino. O grito "Uh tá maneiro, o Dodô é artilheiro" ecoava nas saudosas arquibancadas "Padrão FERJ" do Maracanã. Resultado: vitória do Glorioso por 4 a 1, fora o baile.
Em 2008, o atacante frustrou os torcedores alvinegros ao se transferir para o rival Fluminense. No tricolor, o artilheiro disputou a Libertadores e, claro, teve que fazer das suas. Em jogo contra o Arsenal-ARG, pela fase de grupos da competição continental, o craque marcou um gol magnífico, num chute de rara felicidade. Convenhamos, comum na carreira dele. No "ateliê" preferido do artista, o Maracanã, Dodô recebeu lançamento de Thiago Neves e pegou, no ar, de perna direita, de primeira. Uma bomba que estufou a também saudosa rede véu-de-noiva do Maracanã. Esse gol demonstra toda a capacidade técnica de Dodô. Definitivamente, um craque.
E aí, algum gol feio do cara??? hahahahaha Difícil!
Entretanto, nem tudo foram flores (perdão pelo trocadilho) na carreira do artilheiro dos gols bonitos. Em 2007, jogando pelo Botafogo, Dodô foi pego no exame antidoping pelo uso da substância Femproporex. Após grande confusão, ele foi absolvido em território nacional, após ser alegado que foi vítima de uma cápsula contaminada dada pelo clube a ele. Contudo, 1 ano mais tarde, o artilheiro pegou uma suspensão de 2 anos pelo tribunal internacional. Após o gancho, ele ainda jogaria por Vasco, Portuguesa e clubes de menor expressão.
A conclusão da maioria das pessoas que viram o atacante jogar é a de que ele poderia ter sido muito mais do que realmente foi. Pode-se dizer que é algo compatível, de fato. Apesar disso, o craque estará sempre na memória do futebol brasileiro. Talento nato, pura classe, faro de gol especial. Dodô possuía muitas qualidades que estão em extinção no atual futebol nacional. A única certeza é a de que nunca existirá outro Dodô. Nunca, jamais. Que falta você faz nos gramados deste país, Sr. Ricardo Lucas..
Comentários
Postar um comentário